Mesmo a pessoa mais conservadora conhece as cinco pontas da folha de
maconha. A planta, que dá origem a uma das drogas mais consumidas no
mundo, virou até símbolo pop, sendo estampada em camisetas, brincos,
colares e outros acessórios. Tanta popularidade, no entanto, não impede
que a maconha continue sendo uma das drogas mais controversas. São
tantos argumentos contra e a favor da liberação da cannabis para o uso
medicinal e, até mesmo, para o uso pessoal, que foram criados alguns
mitos sobre a verdinha. Mas antes de você se estresse sobre o assunto,
desvendamos 7 mitos sobre o cigarro mais famoso do mundo:
A maconha vicia
O vício na maconha é uma questão bastante relativa até mesmo para os
cientistas. Segundo o biomédico Renato Filev, pesquisador do Núcleo de
Neurobiologia e Transtornos Psiquiátricos da USP, o vício na cannabis,
de fato, não existe, mas sim um hábito de fumá-la. O consumo de erva com
frequência pode ser considerado vício, porém, não há relatos clínicos
de casos de abstinência”. Também não há relatos de tolerância (quando a
droga não faz mais efeito) à cannabis, um dos sintomas do vício. O fato
do conceito de dependência ter ganhado outras facetas também dificulta
dizer se há o vício. “Há diferentes níveis de dependência. O vício na
maconha, entretanto, é social e individualmente menos danoso do que os
de outras drogas e mais fácil de ser enfrentado, ainda que acarrete
grande sofrimento, como qualquer transtorno mental grave”, diz o
antropólogo Maurício Fiore. Ou seja, você pode não se tornar
quimicamente dependente da maconha, mas mentalmente.
A maconha causa danos cerebrais
O uso excessivo de maconha pode caudar danos cerebrais sutis a longo
prazo, mas não deixar a pessoa completamente demente. Este mito aparece
na história desde o século 19, quando os ingleses acreditavam que o
bhang, bebida à base de maconha bastante comum na região da Índia,
causada demência. Hoje, depois de anos de pesquisas, sabemos que a
cannabis não faz mal, desde que usada moderadamente. Experiências que
compararam pessoas que não fumavam maconha com usuários assíduos, que
consumiam cinco baseados por dia há mais de 15 anos, mostraram
diferenças sutis nos resultados de memória e atenção. A mesma pesquisa
mostrou que o uso excessivo e diário de álcool causa mais sequelas do
que a cannabis.
Maconha x Cigarro: males
Não há provas da relação direta entre fumar maconha e câncer de
pulmão, traqueia ou outros associados ao uso do cigarro. Nem por isso, o
baseado está livre de seus males. “O fato de ser inalada normalmente
sob a forma de fumaça resultante da queima da erva enrolada num papel
acarreta consequências tão ou mais negativas que as do tabaco”, diz o
antropólogo Fiore. Outra preocupação é que os resultados do uso
prolongado da droga ainda são incertos.“A ilegalidade da maconha é um
enorme obstáculo para a pesquisa sobre consequências do seu consumo e
para a disseminação de informações aos seus consumidores”, completa
Fiore. Mas já sabe-se que o usuário eventual não precisa se preocupar
com um aumento grande do risco de câncer. Porém, aquele que fuma mais de
um baseado por dia há mais de 15 anos deve pensar em parar.
A maconha é só o começo
Grande parte de viciados em drogas pesadas foi, no passado, usuário
de maconha, mas nem todos ficam viciados em drogas pesadas. Esta é a
melhor maneira de explicar o fenômeno que deu à cannabis a fama de que é
uma porta de entrada para o consumo de drogas como o crack e a heroína.
“Uma parcela muito pequena de usuários de maconha migram para outras
drogas”, diz o biomédico Filev. A maior e única ligação entre a maconha e
o crack, por exemplo, é que ambos são ilegais e são vendidos no mesmo
lugar. Segundo o antropólogo Mauricio Fiore, o que faz um usuário de
maconha ter acesso a drogas mais pesadas é o simples e puramente fácil
acesso a elas, por estarem na “mesma prateleira do supermercado”.
A maconha é mais forte hoje do que era no passado
As novas técnicas de cultivo da cannabis e a popularização do skunk,
maconha hidropônica, são os culpados pelo surgimento deste mito. A
sociedade civil acusa que o uso de tipos híbridos no cultivo da maconha
faz com que a planta tenha maior quantidade de resina e de princípios
ativos, o que a deixaria mais “forte”. De fato, a “potência” da maconha
depende da “safra” da cannabis e dos cuidados do cultivador, mas essa
turbinada independe se a planta é hidropônica ou não. “Planta
geneticamente alterada não significa maior potência e nem muito menos
que os usuários estejam consumindo maconha de forma mais arriscada ou
perigosa”, diz o antropólogo Fiore.
Maconha não tem valor medicinal
A maconha pode (ainda) não curar, mas ajuda a aliviar os incômodos
do tratamento de transtornos mentais e de portadores do HIV,
estimulando o apetite dos pacientes. O primeiro relato médico do uso
medicinal da cannabis foi há 5 mil anos, em um herbário chinês, onde a
planta era indicada para combater males como a asma, doenças do
aparelho reprodutor feminino, insônia e constipação intestinal. No
ocidente, quem inaugurou o uso “sério” da droga foi o professor Raphael
Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Atualmente, os
medicamentos com base na maconha estão sendo usados em pacientes de
Aids, câncer e esclerose múltipla. “Estão sendo feitos os componentes
da Cannabis em comprimidos e spray”, conta o biomédico Filev. “A droga,
então, poderá ser usada nos tratamentos de transtornos como ansiedade,
depressão, psicose, esquizofrenia e doenças neurodegenerativas”.
Na Holanda vale tudo!
Se você acha que, assim que descer em Amsterdã, encontrará pessoas
por todos os cantos fumando os seus cigarros de maconha, você está
completamente enganado. Ao contrário do que achamos, a Holanda não
liberou a Cannabis, mas adotou uma política de tolerância às drogas.
Você não encontrará, por exemplo, gente fumando maconha nas escolas e
nos transportes públicos, lugares onde o consumo é proibido. Os usuários
só podem acender os seus baseados em parques, bares e ao ar livre. Você
também não poderá comprar a Cannabis em qualquer lugar, já que apenas
casas especiais, os Coffee Shops, podem vendê-la. Além disso, uma pessoa
pode comprar, no máximo, 5 gramas de maconha (sendo que os Coffee Shop
podem ter no máximo 500 gramas da droga), para evitar o consumo
excessivo e o tráfico de drogas. A legislação proíbe, ainda, a
publicidade da cannabis e a venda da erva a menores de 18 anos.
Aqui voce encontra o Blog mais completo sobre natureza, ciência e tambem é para aqueles que acreditam que a maconha não causa mau algum a nenhuma especie de ser vivo!! e nao só assuntos sobre a cannabis, mas variados assuntos interressantes, um verdadeiro alimento para o espirito!! Esse blog não tem a intenção de fazer apologia as "drogas" somente de discutir e debater o assunto.



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